A Tabor tem por objetivo diminuir a sua pegada ecológica utilizando apenas peles obtidas por processos de curtimenta a vegetal nos seus selins.

Na indústria dos curtumes, o couro é obtido da pele de animais, matéria prima em bruto que resulta num sub-produto do abate de animais destinados à produção de carne. Do ponto de vista ecológico, pode-se argumentar que a sua utilização evita a degradação de toneladas de peles que de outra forma acabariam num aterro sanitário, com todos os inconvenientes ambientais associados.

O aspeto menos favorável desta atividade deve-se a que habitualmente, as técnicas praticadas para a obtenção de uma pele não putrecível, não são as melhores para o meio ambiente, gerando grandes quantidades de resíduos de crómio. Nalguns casos, as condições climatéricas podem causar danos a médio e longo prazo nestas peles não tratadas, promovendo a sua corrosão e deposição do crómio hexavalente, tornando todo o processo muito perigoso para a saúde.
Numa iniciativa de minorar os aspetos negativos associados à curtimenta com recurso ao crómio, a indústria começa a dar início a novos processos de tratamento do couro: em vez do crómio são agora empregues agentes vegetais como os extratos de mimosa, quebracho ou castanheiro, todos agentes naturais, não poluidores ou contaminantes de solos.

A Tabor pretende atingir a sustentabilidade ecológica nos seus processos de fabrico.

A indústria dos curtumes é um sector de atividade ao qual está normalmente associada uma vasta criação de residuos que contribuem para um elevado fator de poluição ambiental. A alta taxa de toxicidade do crómio resulta num impacto ambiental negativo, tanto para a natureza como para o ser humano. Embora atualmente sejam preferidos métodos de curtume que empreguem sais de crómio III (trivalente) por apresentarem um menor grau de perigosidade do que o crómio VI (hexavalente), cujos efeitos carcinogénicos estão bem documentados, existe ainda o risco dos sais de crómio se decomporem por ação da oxidação climática, podendo agir então como elementos de contaminação tóxica nos solos. Assim, torna-se imperativo reduzir substancialmente a sua utilização no processo da curtimenta das peles animais.

Com o objetivo de diminuir o impacto ambiental causado pelos sais de crómio, mas ao mesmo tempo garantir que as peles obtidas preservam as mesmas características em termos de resistência à abrasão, maleabilidade e deformação, a curtimenta com agentes sintéticos e vegetais, embora mais dispendiosa, tem vindo a sofrer melhorias que lhe permitem replicar essas mesmas qualidades, dispensando a utilização do crómio. Deste processo resulta uma pele denominada “wet-white”, pois apresenta uma tonalidade branca quando a pele está ainda molhada, por oposição ao tom azulado das peles que são obtidas pela curtimenta com recurso ao crómio. As peles obtidas por processos naturais são consideradas de qualidade excepcional, apresentando fibras consistentes, boa elasticidade, apresentação uniforme e facilidade de manuseio.

Apostada em aumentar a sustentabilidade ecológica em todos os processos que contribuem para a criação dos seus selins, a Tabor apenas utiliza peles de vaca obtidas por curtimenta a vegetal, fazendo uma escolha consciente mais amiga do ambiente.
De facto, esta é a única opção que faz sentido para a Tabor...